Quando alguém decide fazer uma transição de carreira, ter uma rede de apoio é fundamental. Essa rede pode ser formada por diversas pessoas, cada uma dando um tipo de suporte diferente e igualmente necessário.
Você pode contar com o apoio de amigos e conhecidos que já estão nesta atividade há mais tempo – conhecer essas experiências vai ajudar muito a amadurecer seu projeto. Esse tipo de suporte também pode acontecer por meio de um mentor ou tutor contratado por você, que ainda vai auxiliá-lo alertando sobre dificuldades e erros comuns no início da jornada, e como contorná-los mais facilmente.
Outro tipo de apoio importante vem da família, que vai ajudar a viabilizar seu projeto realizando as tarefas cotidianas que você não vai dar conta de resolver enquanto está se estabelecendo na nova carreira. E por fim, mas não menos importante, há o apoio emocional, o suporte nos momentos difíceis que certamente virão.
Para falar sobre a importância da rede de apoio no início de uma carreira, compartilhamos aqui o depoimento da gaúcha Marina Mottin, KidCoach e trainer:
“Aprendi a escrever e ler números na caixa registradora da farmácia da minha família. Depois, já adulta, me formei em administração de empresas e fui trabalhar lá, na parte administrativa e de atendimento ao público. Eu gostava desse contato com as pessoas, mas não gostava de ser só uma intermediária, pegando os medicamentos para quem precisava deles. Eu desejava trabalhar desenvolvendo as pessoas, principalmente a equipe da empresa, mas me via limitada. Sentia vontade de conhecer novas formas de atuação, ver como o mundo funcionava lá fora.
Aos 25 anos, fiz minha primeira transição de carreira, foi quando comecei a trabalhar só com recursos humanos no ambiente corporativo. Foi nesse trabalho que conheci o Kids Coaching, e aí fiz outra transição de carreira – a mais significativa e em cuja atuação mais me encontrei. Saí da cena empresarial e fui trabalhar no núcleo familiar.”
Conversa difícil
“Quando fui contar a meu pai sobre a minha decisão de sair da empresa da família, tive muito receio sobre como ele receberia isso, e de fato houve um rompimento. Trabalhar na empresa era uma parte importante da minha relação com meu pai. Foi difícil, demorou um tempo até ele dizer que me apoiava completamente, porque no entendimento dele, na nossa farmácia eu tinha tudo de que precisava.
Quando comecei a trabalhar como KidCoach, já estava fora da empresa, e tive muito apoio do meu marido. Lembro dessa conversa até hoje. Primeiro eu coloquei o método em prática dentro de casa [com os filhos, Maria Luiza e Miguel]. Ao notar os bons resultados com as crianças, falei para ele que apostava que isso poderia ajudar também outras pessoas, tinha certeza da entrega de valor e da possibilidade de transformação do Kids Coaching. Disse que estava disposta a fazer essa segunda mudança, e que precisava do apoio dele, com as demandas da casa e das crianças.”
Suporte em todas as esferas
“Tive muito apoio do meu marido – financeira, logística e emocionalmente. Ele chegava em casa depois do trabalho e ficava sozinho com as crianças para eu sair e atender meus clientes . Minha mãe e meus sogros, que nem sabiam ao certo do que se tratava meu trabalho no início, nunca me questionaram sobre minha decisão. Eu sempre passei segurança para eles de que aquilo fazia sentido para mim. Acho que esse meu posicionamento firme foi essencial: eu acreditava, então a pessoas me apoiavam.
E aí os retornos vieram rápido. Em questão de meses, recuperei rapidamente meu investimento. Dali para frente não parei nunca mais. Atualmente percebo que todos a minha volta, inclusive meus filhos, me apoiam – mesmo quando fico longe de casa por alguns dias, trabalhando como trainer. Já ouvi do Miguel [hoje com 8 anos], que ele sabe como meu trabalho como KidCoach é importante para mim.”