Você já mentiu no currículo? De acordo com pesquisa da consultoria DNA Outplacement, 75% – ou seja, três em cada quatro profissionais no Brasil – em todos os níveis, do operacional à diretoria, contam pequenas ou grandes inverdades no próprio CV.
O estudo informa que as mentiras mais comuns são relativas aos seguintes aspectos:
– salário (atual ou recente): 48%
– fluência em inglês: 41%
– tempo de inatividade: 12%
– grau de escolaridade e cursos realizados: 10%
Os números parecem superestimados, não é? Mas outro levantamento, este da empresa de recrutamento Robert Half, corrobora a informação: de acordo com a pesquisa, 75% dos diretores brasileiros já excluíram candidatos de um processo seletivo após detectarem dados inverídicos nos currículos.
Recentemente alguns casos se tornaram famosos: Por conta de mentiras no CV, um presidente do portal Yahoo! foi demitido, e um dirigente da Hungria teve de renunciar. Mais recentemente, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o nome de um novo ministro da educação que nem chegou a assumir o cargo.
Se você ainda acha que uma mentirinha à toa não faz mal, é hora de rever seu posicionamento. A caça a esse tipo de falta aumentou tanto nos últimos anos que já existe até uma empresa que presta serviço de auditoria para currículos, conferindo o selo de “currículo autêntico” àqueles que passarem no rígido teste.
De modo geral, os recrutadores se pautam mais pela postura do profissional do que por nomes de prestígio no CV. Muitos deles garantem até que consideram contratar um candidato que não tenha todas as habilidades listadas na discrição da vaga, desde que ele se mostre interessado em desenvolvê-las. Mas, caso descubra que foi enganada, a empresa costuma demitir o profissional sumariamente.
Propomos aqui uma reflexão: O que pode acontecer caso alguém descubra essas inverdades? Como você vai se sentir ao ter sua imagem manchada e sua reputação abalada, provavelmente até apagando muitas de suas conquistas suadas de anos e anos de trabalho duro? E, para além dessa possibilidade, vale ponderar: A ética é um valor importante para você? O quanto sua credibilidade significa para si próprio?
Muitas vezes o profissional insere mentiras (ou meias-verdades) no currículo por acreditar que vai estar mais de acordo com as necessidades do mercado, mas na realidade não passa de uma expectativa dele mesmo.
Se, por outro lado, você entende que em sua área de atuação determinada competência é necessária, pode fazer dela sua prioridade, na busca pela melhoria contínua – profissional e pessoalmente falando.
Fonte:
“75% dos brasileiros mentem em seus currículos”. Disponível em: https://www.dnaoutplacement.com/blog/75-dos-brasileiros-mentem-em-seus-curriculos/
“Como evitar e perceber uma mentira na hora da contratação?”. Disponível em: https://www.roberthalf.com.br/blog/gestao-de-talentos/como-evitar-e-perceber-uma-mentira-na-hora-da-contratacao