“Sou a pior mãe do mundo”

1 de fevereiro de 2021Marcia BelmiroCoaching Infantil, Filhos

“Eu desejei tanto ter filhos, acreditei que quando isso acontecesse minha vida estaria completa, mas agora me vejo fazendo coisas que não acredito, estou sempre cansada e estressada, sempre no limite. Me sinto a pior mãe do mundo.”

Fazendo uma rápida pesquisa em fóruns sobre maternidade, é possível ver muitas mensagens como essa. A necessidade de ser uma mãe perfeita e, ao mesmo tempo, o sentimento de estar sempre falhando é familiar para um grande número de mães.

Essa sensação de insuficiência e incompetência vem se tornando ainda mais intensa nos últimos anos, com o advento das redes sociais. Na vida on-line, parece que todas as mães que você conhece são mais pacientes, inventam brincadeiras mais criativas, são mais bonitas e bem-sucedidas que você.

“Essa comparação constante revela-se uma grande perda de tempo. Ao ver todas as supostas supermães do seu feed (que por trás das selfies são tão humanas quanto qualquer outra), ninguém passa a ter mais paciência ou criatividade. Mas, ao contrário, é provável que se sinta ainda mais frustrada”, afirma Marcia Belmiro.

O que diz a ciência

Há mais de 50 anos, o pediatra e psicanalista inglês D. W. Winnicott já abordava esse tema. De acordo com Winnicott, a melhor mãe é aquela que não atende a todas as necessidades da criança, que eventualmente falha. Ao agir assim, essa mãe, que o estudioso chamou de “suficientemente boa”, está contribuindo para o crescimento do filho.

Na vida real, sabemos que levar esse conceito ao pé da letra é um pouco mais difícil. Marcia dá um exemplo: “Os amiguinhos têm brinquedos caros e seu filho reclama disso. No entanto, esse não é um valor da sua família. Para vocês, é mais importante é investir em uma escola de qualidade. Você gostaria de ter dinheiro para a escola e os brinquedos, mas não tem. Então não adianta ficar sofrendo diante da escolha necessária. O importante é que essa escolha seja feita baseada na sua agenda, não na agenda alheia.”

Marcia Belmiro continua: “Seu norte são seus valores, o que é importante para sua família. A ideia de que ‘se todo mundo faz, deve estar certo’, ou de que ‘se ninguém faz, deve estar errado’ só aumenta a falta de conexão consigo mesma, além de ser um grande gerador de frustração e culpa.”

O medo dos traumas

O receio de que todo e qualquer deslize – um grito dado hoje, ou um momento de descontrole na semana passada – pode se transformar em um trauma para a vida toda é um fantasma que assombra as mães.

Marcia pondera: “É quase certo que nossos filhos terão traumas, e por sua vez provavelmente estarão relacionados aos cuidadores principais. No entanto, nunca saberemos o que pode ou não se transformar num trauma. O que se pode fazer então? Dar o seu melhor todos os dias (sabendo que o melhor de uns dias não é tão bom quanto em outros), e ensinar ao filho que errar é humano. Dessa forma ele vai aprender não só que você erra, mas que ele também pode errar.”

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Comentários

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