Na internet, inúmeros blogs, canais no YouTube e perfis de maternidade nas redes sociais argumentam sobre o tema “por que ter um filho?” e suas variações: “por que ter um filho único?”, “por que ter o segundo/ terceiro filho?”, cada qual com sua lista de razões, que vão desde “passar pela experiência de sentir a barriga crescer e parir” até “aproveitar o enxoval do primogênito, já que os filhos crescem rápido” (no caso de ter mais um bebê).
Aqui vamos fazer um pouco diferente, e listar motivos pelos quais não ter um (ou mais) filho(s). Confira:
Por que não ter um filho?
- Para ter alguém que cuide de você na velhice. Se essa é a sua preocupação, comece já a fazer uma poupança e contrate um ótimo cuidador profissional quando for preciso.
- Para seus genes não desaparecerem na humanidade. Bem, hoje já se pode congelar ou até doar material genético.
- Para realizar seus desejos frustrados (ex.: fazer balé, ou estudar Medicina). Já pensou que você pode ter filhos que odeiem dança ou desmaiem ao ver sangue? Por outro lado, sempre há tempo para correr atrás dos seus próprios sonhos.
Por que não ter o segundo filho?
- Para fazer companhia ao irmão (ou para que o primogênito não cresça mimado). Já reparou que existem pessoas com muitos irmãos e que mesmo assim são mimadas?
- Para fazer um casal (ex.: quem tem um menino quer uma menina, e vice-versa). E se o casal não chegar nunca, até quando você vai ficar tentando? A propósito, é tão importante assim ter filhos de ambos os gêneros?
- Para dar menos trabalho à mãe. Só acredita nesse mito quem tem um filho só (exceto se a diferença deles for imensa, e o primeiro for contratado como babá do segundo filho). Irmãos brincam e brigam na mesma proporção, e têm uma capacidade muito maior de fazer bagunça quando estão em grupo.
- Porque onde come um, comem dois. Em relação à alimentação pode até ser, mas você já viu o preço do material escolar, do curso de inglês?
Filhos dão trabalho para a vida toda, custam caro. Além disso, provavelmente serão bem diferentes do que você imaginou, vão apontar todas as suas incoerências, e quando chegarem à adolescência ainda vão te acusar de ter arruinado a vida deles (seja por tê-los esquecido na escola na infância, seja por ter vetado uma festa no fim de semana).
Afinal, por que ter filhos?
Na verdade não existe um motivo, racionalmente falando. Mas se pararmos para pensar, algumas das melhores coisas da vida não têm um motivo racional ou uma função concreta: viajar nas férias, abraçar quem se ama, subir uma trilha imensa para ver o pôr do sol lá do alto. No entanto, a vida de quem gosta de viagens, abraços e trilhas é muito mais feliz quando essas pessoas fazem essas coisas.
O mesmo acontece com a maternidade. Para quem escolheu esse caminho, não há nada que se compare a sentir a mãozinha do bebê segurando a sua, ver seu filho crescer alimentado pelo seu leite. Depois, com o passar do tempo, ter o prazer de acompanhar o desenvolvimento de um ser humano e poder colaborar com esse processo, ensinando e aprendendo todos os dias com esse indivíduo que tem algo de seu e muito dele próprio.
Assim como não há uma razão definida universalmente para se ter filhos, a maternidade (felizmente!) não é mais compulsória, como era até bem pouco tempo atrás. Quem sente o chamado para dar esse passo pode realizar seu sonho, e quem não o sente está liberado para preencher sua existência com o que desejar: amigos, família, amores, conquistas profissionais. E está tudo bem.