Com a crise econômica que se arrasta há alguns anos no Brasil, aliada à recessão que veio a reboque da pandemia de coronavírus, a taxa de desemprego chegou, em maio de 2020, a 12,9%, um número de 0,6% em relação ao mesmo período em 2019. Entre março e maio deste ano, quase 7,8 milhões de pessoas perderam o emprego.
Embora ainda haja vantagem numérica na média salarial quando se comparam indivíduos que cursaram universidade e aqueles que não o fizeram, especialistas como Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp (entidade que congrega mantenedoras no país), já apontam que um número cada vez maior de graduados tem aceitado posições que não exigem conhecimentos específicos, como auxiliar administrativo e operador de call center.
Em uma situação como essa, o pensamento mais comum entre as pessoas sem nível superior é: “Não tenho faculdade, estou fora do mercado de trabalho?”
Alguns dados divulgados recentemente dão pistas de como mudar essa realidade: Segundo estudo do Instituto Ipsos para o Grupo Santander, para 41% dos estudantes e professores brasileiros as instituições de ensino precisam estimular mais o espírito empreendedor, que hoje é apontado como uma opção por somente 7% dos universitários.
Mercado x universidade
Segundo a consultoria McKinsey, nos próximos 10 anos, 40% dos empregos será freelancer. No entanto, a universidade brasileira ainda é muito focada em preparar o aluno para um mercado de trabalho de empregos formais.
Essa transformação de mindset é urgente. E, se ela não vem em forma de políticas públicas ou de uma mudança consistente no currículo das instituições de ensino, deve vir dos indivíduos.
O mundo pós-moderno se abre continuamente a múltiplas novas possibilidades. De fato, sem um diploma universitário dificilmente será possível garantir um emprego formal que pague bem. Mas com uma mentalidade de inovação é possível usar seus talentos para empreender em uma área que pode trazer muita satisfação e retorno financeiro. As opções são inúmeras, e vão desde a criação de roupas customizadas até cozinha de alto padrão, passando pela criação de aplicativos, fotografia, tatuagem e maquiagem.
Fontes:
“Após sair da faculdade, recém-formados enfrentam desemprego e subemprego”. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/trabalho-e-formacao/2018/06/17/interna-trabalhoeformacao-2019,689082/apos-sair-da-faculdade-recem-formados-enfrentam-desemprego-e-subempre.shtml
“15 ideias de trabalho para quem não tem curso superior”. Disponível em: https://blog.hotmart.com/pt-br/profissoes-sem-diploma/