Mudar ou não de carreira, eis a questão. Especialmente neste momento que estamos vivendo, de quarentena por conta do coronavírus, tanto tempo em casa propicia reflexões mais profundas e inéditas sobre si mesmo, seus desejos e aspirações profissionais.
E é aí que, de repente, certezas arraigadas entram em cheque. Sou mesmo feliz e realizado nesta profissão? De todas as escolhas que eu poderia ter feito, essa (ainda) é a melhor?
Para ajudá-lo nessa análise, propomos um exercício de autocoaching, na forma de boas perguntas, com o objetivo de trazer um grau maior de autopercepção para que você possa definir se está na hora de fazer um virada – ou não.
O primeiro questionamento é: O que estou fazendo na vida? Qual a minha missão, o que realmente faz sentido para mim? Qual a minha marca pessoal, a minha assinatura no mundo (usando a expressão cunhada por Martin Seligman)?
Para ajudá-lo a responder, recomendamos que você faça o teste de forças de caráter de Martin Seligman. É gratuito, e pode ser acessado pelo link: https://www.viacharacter.org/pro/canaldafelicidade/account/register
A partir dessa pergunta, surge outra: Seu trabalho atual te permite viver essa missão?
A segunda questão é: O que me entusiasma, me mobiliza? O que me leva ao estado de flow, de presença plena? O que eu faria (ou já faço) mesmo de graça?
Procure lembrar de quais atividades provocam sua paixão, aquelas que você poderia praticar por toda a vida mesmo se não houvesse ganho financeiro envolvido.
Aí entra outra questão: Nem sempre temos expertise naquilo que provoca nossa paixão. Talvez nem tenhamos facilidade para isso. Mas nada impede que busquemos desenvolver essa habilidade e um dia sejamos bem-sucedidos nela.
A terceira pergunta importante é: Que legado quero deixar? No que as pessoas vão pensar quando lembrarem de mim daqui a 50 ou 100 anos?
Sua ati
Quando devo mudar de profissão?
vidade hoje tem relação com esse legado que pretende deixar? Você está “empilhando tijolos” nesse sentido? Ou está apenas “cumprindo tabela”, deixando a vida te levar, acumulando anos de insatisfação?
Depois de fazer a si mesmo essas três importantes perguntas, com sinceridade e profundidade, pode ser que você perceba que sim, deseja de fato mudar seu rumo profissional. Neste momento, lado a lado com a expectativa pelos próximos passos pode surgir uma frustração, por achar que seu projeto de carreira falhou. Afinal, você deseja mudar de rumo.
O fato de ter investido não só muito dinheiro na sua formação, mas também tempo e energia durante anos pode levar a um sentimento de luto, parecido com o de um divórcio.
A boa notícia é que: Sim, é possível acolher esse sentimento e também olhar para frente. Independentemente do motivo, sua necessidade no momento é essa, e não vai adiantar lutar contra ela, só aceitar e abraçar o que virá – com trabalho, comprometimento e determinação.