Será que existe um ponto da vida a partir do qual não se pode mais voltar atrás, mudar de ideia e refazer o caminho profissional? Ao digitar no Google a pergunta “é muito tarde para mudar de carreira?”, os resultados são os mais variados. Há pessoas que fazem esse questionamento aos 28 anos, 31 anos, 37 anos… Por outro lado, partindo da mesma busca é possível encontrar diversos casos de indivíduos que se reinventaram, alterando completamente sua rota, alguns até na terceira idade.
Com a palavra, Marcia Belmiro:
“Nunca é tarde demais para mudar, o que quer que seja: sua profissão, a maneira de se relacionar com quem o cerca, seus hábitos. As pessoas não percebem que o que as impede, verdadeiramente, são questões de outra ordem. São inseguranças, medos, dificuldades causadas por crenças limitantes – que, ao contrário da idade, são passíveis de reconfigurar e alterar a qualquer tempo.”
E mais: mesmo que a nova área seja totalmente diferente da sua escolha original, os anos de experiência, as habilidades e competências desenvolvidas não serão inúteis. Pelo contrário, podem ser utilizados na nova profissão de diversas maneiras, que vão sendo descobertas ao longo da jornada.
Por exemplo, a capacidade de resolver problemas, o gerenciamento do tempo, a liderança e a própria maturidade trazida pela vida são aprendizados úteis para quase todo trabalho, e podem ser vistos até como vantagens competitivas em relação a outros iniciantes mais jovens no mesmo ramo.
Para responder à pergunta “quando é muito tarde para mudar de carreira?” trazemos o depoimento da cearense Katia Carneiro de Oliveira, que teve de se reinventar depois de passar por uma situação extrema de saúde.
Confira o depoimento da Katia:
“Sou pedagoga com especialização em gestão. Lecionei de 1998 a 2011 em várias séries, e em 2012 passei em um concurso para coordenar uma instituição. Tudo estava maravilhoso, até que em 2015 recebi o diagnóstico de câncer. Passei por oito procedimentos cirúrgicos, fiquei dois meses internada e depois ainda foram sete meses de quimioterapia. Tive sequelas motoras e de falhas na memória. Passei dois anos em tratamento, até finalmente ficar curada, mas sigo em acompanhamento.
Fui aposentada em 2018. Chorei muito, vi sonhos se acabando, pessoas ficando para atrás. Não conseguia mais fazer o que amava. Recebi todo apoio e carinho de todos, mas o vazio era enorme. Sempre fui uma pedagoga com muito amor, zelo e paixão pela profissão.
Para mim, ali a carreira havia acabado, então assumi uma sala de crianças na igreja, como trabalho voluntário. Ainda me sinto muito insegura, mas voltei a andar sem auxílio, dou aulas para meus filhos e seus coleguinhas.
Durante a pandemia, soube de uma live da Marcia Belmiro sobre Kids Coaching e fui assistir. Demorei a decidir pela formação, pelo fato de ser totalmente remota e eu ter dificuldades com a tecnologia, mas fiquei encantada com a forma dela de explicar o Método e embarquei nessa.
Estou amando a mentoria, os webinários, materiais e as lives. Ainda não estou atendendo, mas vejo no Kids Coaching uma nova proposta de mudança de carreira. Cada vez que escuto e leio depoimentos, sonho em ter um coachtório, voltar a ter contato com crianças e poder ajudá-las no seu desenvolvimento.”