Marcia Belmiro, criadora do Método KidCoaching, dá orientações, com sua conhecida assertividade, para quem pretende fazer a formação em breve ou quem esteve nas últimas turmas e ainda se sente perdido neste universo – tão rico quanto amplo – do coaching infantil.
Confira aqui:
- Faça suas próprias dicas.
As pessoas perdem muito tempo ouvindo a opinião dos outros: nas redes sociais, nos vídeos de influenciadores digitais, como se eles fossem dar o “caminho das pedras” da felicidade e do sucesso. Inclusive muita gente me pergunta sobre a minha trajetória, em busca dessa “receita de bolo” mágica. Ora, se um dos pilares mais importantes do Kids Coaching é a autorresponsabilidade! Falamos sobre isso o tempo todo: que o Coach não dá respostas prontas, que qualquer transformação parte do Coachee, que este é apenas orientado pelo Coach a descobrir seus melhores recursos próprios.
Na minha vida sempre foi assim: fiz diversas formações e estudei muito, mas de nada adiantaria se eu não tivesse chegado às minhas próprias conclusões, se não tivesse ouvido minhas intuições. Como eu poderia ter criado um método inovador se eu só ficasse repetindo o que os outros diziam?
Então a minha primeira dica é: não sigam as dicas de ninguém. Em vez de ouvir regras sobre como criar seus filhos, deem espaço para ouvir os seus filhos e criem juntos as regras que mais funcionam na sua dinâmica familiar.
- Saia da teoria e entre na prática.
Se você acaba de terminar sua formação em KidCoaching presencial ou se está fazendo a formação on-line, parta já para a prática. Sempre digo que no dia seguinte ao fim do presencial todos os KidCoaches já podem marcar sua primeira sessão – os alunos do on-line podem fazer o mesmo a partir do Módulo 4, que trata da primeira sessão.
Aprendeu, coloca em prática! Não adianta fazer um monte de cursos e formações, ler mil livros. Se você não aplicar os conhecimentos na prática, de nada vai adiantar. Já imaginou que estranho seria um médico que não faz residência? A faculdade nem vai dar o diploma a ele, certo? Guardadas as devidas proporções, é a mesma coisa aqui.
Se você ainda não tem clientes pagantes, faça atendimentos pro bono (gratuitos), atenda os filhos da vizinha, da prima, os seus sobrinhos, faça palestras na escola dos seus filhos, no seu condomínio, na igreja que você frequenta. Garanto que em breve sua agenda vai estar cheia.
- Rompa com o medo de se vender.
Esta orientação pode até ser ampliada: rompa com o medo de se divulgar, de se posicionar, de receber críticas. Rompa com suas crenças limitantes – aquelas que não te levam a nenhuma atitude produtiva e enriquecedora; mas, ao contrário, te imobilizam e aprisionam em convicções que não fazem mais sentido, num ciclo infinito de medo/ estagnação/ frustração/ culpa.
Sempre vai haver quem diga que seu trabalho não é bom, que não vale a pena buscar algo novo, que você não tem mais idade para correr atrás de sonhos. Ouse ir além – além do que esperam de você, em busca dos sonhos que você não tinha coragem de dizer nem a si mesmo.